Comunicações Orais

26/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO12b - Diferentes Desafios para a Saúde Pública 

29113 - MONITORAMENTO DA CIRCULAÇÃO AMBIENTAL DO VIBRIO CHOLERAE EM BELÉM, PARÁ, BRASIL
LUCAS MONTEIRO - INSTITUTO EVANDRO CHAGAS, ELIVAM RODRIGUES VALE - INSTITUTO EVANDRO CHAGAS, DENISE SUÉLLEN AMORIM DE SOUSA SANTOS - INSTITUTO EVANDRO CHAGAS, LUIZ CLÁUDIO CORRÊA FILHO - INSTITUTO EVANDRO CHAGAS, LENA LÍLLIAN CANTO DE SÁ MORAIS - INSTITUTO EVANDRO CHAGAS

Apresentação/Introdução
O Víbrio cholerae é o agente etiológico da Cólera, doença com características endêmicas, epidêmicas e pandêmicas, Sabe-se que o ambiente de água doce é habitat natural deste microrganismo, logo, a água representa um papel importante na transmissão da doença. Nesse sentido recomenda-se o monitoramento ambiental, como medida de vigilância ativa, assegurando a detecção da circulação do patógeno em tempo oportuno.


Objetivos
Monitorar a circulação ambiental do V. cholerae em Belém, Pará, Brasil


Metodologia
Realizou-se coletas quinzenais de amostras de água do Iguarapé Tucunduba, Baía do Guajará, Rio Guamá e Estação Elevatória de Esgoto do Una, no período de janeiro a novembro de 2015. O isolamento foi realizado de acordo com as recomendações descritas no Standard Methods for Examination of Water and Wastewater, e das normas técnicas L5.507, L5.218 e L5.232 da CETESB. Após a confirmação bioquímica, todas as amostras foram submetidas ao teste de sensibilidade ao agente vibrioestático e a sorologia utilizando antissoros específicos, a fim de confirmar os sorotipos dos isolados.



Resultados
Durante o período de estudo, houve o isolamento e confirmação por testes bioquímicos de 17 cepas de V. cholerae, Todos os isolados apresentaram sensibilidade ao agente vibriostático. Na sorologia, os isolados não apresentaram aglutinação específica frente ao anti-soro polivalente V. cholerae O1/0139, sendo, portanto, identificados como Víbrios não aglutináveis (NAG), ou seja, Não O1 Não O139, que via de regra são os sorotipos toxigênicos, causadores da Cólera.


Conclusões/Considerações
Os achados evidenciaram a circulação do V. cholerae Não O1 Não O139, que apesar de serem espécimes autóctones do meio ambiente, estão associados a gastrenterites, podendo apresentar maior risco em pacientes suscetíveis. Portanto, são necessários estudos moleculares a fim de estudar o perfil de virulência dessas cepas.

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