27/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO31e - Doenças Transmissíveis - perfil e diagnóstico |
25475 - SÍFILIS EM GESTANTE E SÍFILIS CONGÊNITA: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL EM UM MUNICÍPIO DE MÉDIO PORTE
CAROLINA MATTEUSSI LINO - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA (FOP/UNICAMP), MARIA DA LUZ ROSÁRIO DE SOUSA - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA (FOP/UNICAMP), CINARA FREDO - VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA, MAGDA YURIKO IKEDA PUPO - VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA, MARÍLIA JESUS BATISTA - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA (FOP/UNICAMP)
Apresentação/Introdução
A sífilis vem acometendo a população mundial desde o século XIX, demandando grandes esforços para seu controle e tratamento. A infecção por sífilis em gestante pode resultar em complicações como aborto, nati/neomortalidade, prematuridade e a sífilis congênita que pode causar cegueira e surdez, devido ao repasse do Treponema pallidum em qualquer período da gestação ou durante o trabalho de parto.
Objetivos
O objetivo foi analisar o perfil epidemiológico e a distribuição geográfica dos casos notificados de sífilis congênita e em gestantes, no período de 2013 a 2017.
Metodologia
Estudo transversal analítico, com dados secundários obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), avaliou as fichas de notificação compulsória de um município de médio porte de São Paulo. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Odontologia de Piracicaba . Foram avaliadas 75 fichas de notificação de sífilis congênita e 197 de sífilis em gestante. O período de coleta foi de Novembro/2017 a Fevereiro/2018. Para o georreferenciamento foi utilizando o software Quantum GIS v. 2.18. A taxa de incidência foi calculada através do número de casos do ano, multiplicado por 1000 e dividido pelo número de nascidos vivos no mesmo ano e município.
Resultados
No que diz respeito à sífilis congênita, foram 75 casos notificados, sendo 11% descartados, 7% óbitos por sífilis e 8% natimortos. A taxa de incidência foi 0,55 em 2013 e 4,39 em 2017. As faixas etárias mais acometidas foram de 20 a 24 anos (32%) e 15 a 19 anos (27%). Quanto a sífilis em gestante, foram 197 notificações, sendo 2% falso-positivo. A taxa de incidência foi 2,38 em 2013 e 11,42 em 2017. A distribuição espacial identificou predomínio de casos na região leste, tanto para sífilis em gestantes quanto para congênita. Foram identificadas lacunas no preenchimento das notificações, devido ao grande número de campos em branco/ignorados, o que dificulta o processo de vigilância em saúde.
Conclusões/Considerações
A avaliação do perfil epidemiológico e distribuição geográfica permite conhecer a população acometida e as regiões de maior demanda, fornecendo informações necessárias para investimentos e intensificação das ações em saúde. As lacunas no preenchimento de informações da ficha de notificação podem ser eliminadas por meio de trabalhos com as unidades notificadoras, capacitando-as para fornecer mais subsídios e ampliar a vigilância em saúde.
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