Comunicações Orais Curtas

27/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC31c - Vigilância epidemiológica das doenças transmissíveis

28715 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE BAIXO GUANDU, ESPIRITO SANTO, BRASIL (2005-2015)
LAYSA MARIANA MORAES SCHWAMBACH - UFES, JEREMIAS CAMPOS SIMÕES - FAESA

Apresentação/Introdução
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica granulomatosa e de evolução lenta que ainda provoca grandes problemas de saúde pública. Ao avaliar a situação epidemiológica da hanseníase nas Américas, observa-se que o Brasil se destaca como o maior contribuinte da carga sanitária da doença, além de ocupar um dos primeiros lugares no mundo em detecção e novos casos.


Objetivos
Descrever e analisar o perfil epidemiológico dos casos notificados de hanseníase no município de Baixo Guandu/Espírito Santo, Brasil, referentes ao período 2005 a 2015.


Metodologia
Trata-se de estudo epidemiológico observacional e retrospectivo, quantitativo. Os dados foram coletados no Sistema de Informações de Agravos de Notificação, referentes ao período 2005 a 2015. Foram selecionadas variáveis sexo, faixa etária, forma clínica, avaliação de incapacidade física na notificação e na cura, escolaridade, zona de residência, modo de entrada e tipo de saída.


Resultados
Foram notificados no período de 2005 a 2015, 117 casos, destes 112 são casos novos de hanseníase em residentes do município de Baixo Guandu, sendo (5) menores de 15 anos, com predomínio em homens, na forma multibacilar e grau zero de incapacidade física no diagnóstico. Observa-se o aumento do número de casos, para ambos os sexos, no ano de 2005, embora 41 (62,1%) homens estavam na forma multibacilar (dimorfa e virchowiana) e 25 (37,8%) na forma paucibacilar (tuberculóide e indeterminada). Quanto ao grau de incapacidade física no momento do diagnóstico, 34 casos (29,0%) diagnosticados com grau 1, e 9 casos (7,6%) diagnosticados com grau 2. Não houve caso registrado de abandono de tratamento.


Conclusões/Considerações
O diagnóstico tardio é a principal barreira a ser superada pelos serviços de saúde do município e outros desafios estão presentes para prover uma melhor gestão dos serviços de saúde como: melhoria da capacidade operacional dos serviços de controle da hanseníase, intensificar as ações da vigilância epidemiológica, priorizar o controle da hanseníase na busca por casos novos e descentralização dos serviços.

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