Comunicações Orais

26/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO6a - Saúde nas mídias (pesquisas)

27263 - ZIKA: A CONSTRUÇÃO DE UMA EPIDEMIA PELO TELEJORNALISMO
DIEGO IGNACIO LARREA ARASA - IESC/UFRJ, JOANA D'ARC DANTAS DE OLIVERIRA - SPS SMS/RJ


Apresentação/Introdução
No final de 2015, o Brasil se surpreendeu com surto de crianças nascendo com microcefalia. A relação desses casos com o vírus Zika foi estabelecida pela ciência. Aos poucos, a Zika saiu da intimidade das famílias e atingiu os meios de comunicação. Os telejornais noticiaram sofrimento de mães e bebês, disseminação geográfica, o vírus Zika. o mosquito como transmissor e ações para o seu controle.


Objetivos
O objetivo deste trabalho é perceber como a televisão construiu conceitos da epidemia de zika no mês de fevereiro de 2016, em continuidade aos dois meses anteriores em que as notícias eram de doença tão inesperada.


Metodologia
Foi selecionada aleatoriamente uma notícia por dia sobre o tema zika do telejornalismo da rede Globo, que foi escolhida pela facilidade de acesso pelo portal G1, e por sua reconhecida audiência. Analisou-se as representações culturais presentes nas notícias, entendendo-as como “ideias, imagens, concepções e visões de mundo” de segmentos da população que se remetem ao coletivo. Considerando conhecimentos populares e da ciência e suas intercessões como produtos culturais, buscou-se analisar olhares distintos: preocupações, sentimentos, noções.


Resultados
As representações prioritárias foram a doença como perplexidade e medo, o mosquito como vilão, a população como culpada por seu descuido com o meio ambiente, governos pouco responsabilizados e a ciência como salvadora e detentora de uma linguagem hermética. As questões ocuparam em média 9% dos telejornais, no entanto, aparecem fragmentadas e sem vínculos com a realidade social. Imagens de barrigas de grávidas sem rosto e sem voz ocorreram raramente.
As vozes convocadas para a construção midiática variavam com a temática e a sua importância na edição da notícia, assim, cientistas e médicos ocuparam espaços maiores, enquanto populares representantes de governos tempos exíguos.



Conclusões/Considerações
A relação mosquito/vírus/doença não explicitada de modo claro possivelmente dificulta a compreensão das informações dispersas. O mosquito citado como vilão, o vírus em pesquisas científicas e a doença como sintomas. Percebe-se o futuro resolvido pela ciência e o presente pelo combate ao mosquito. As pessoas acometidas estão ausentes, nas notícias elas são casos. Questiona-se a quem é destinado esse modo de praticar comunicação

Trabalhos Científicos

Veja aqui as regras para envio dos resumos e fique atento aos prazos.

SAIBA MAIS

Programação Científica

Consulte a programação completa das palestras e cursos disponíveis.

SAIBA MAIS

Convidados

Conheça os Palestrantes confirmados e veja seus currículos!

SAIBA MAIS

Fique atento
às datas principais


26

Julho

2018

Inscrições encerradas.
Não haverá inscrição no local.

01

março

2018

Está encerrado o prazo para submissão de trabalhos.

locais do evento

Pré-Congresso

UERJ - Campus Maracanã

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro é uma das maiores e mais prestigiadas universidades do Brasil e da América Latina. Possui campi em 7 cidades do estado, sendo o maior deles localizado no bairro do Maracanã, na cidade do Rio de Janeiro.

R. São Francisco Xavier, 524 - Maracanã, Rio de Janeiro - RJ, 20550-900

Congresso

FIOCRUZ - Campus Manguinhos

Fundação Oswaldo Cruz é uma instituição de ensino, pesquisa, serviços, desenvolvimento científico e tecnológico em saúde, localizada no Rio de Janeiro, Brasil, considerada uma das principais instituições mundiais de pesquisa em saúde pública.

Avenida Brasil, 4365 - Manguinhos, Rio de Janeiro - RJ, 21040-360