28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC26b - Política, práticas e campo da saúde indígena  | 
        
        
		  
					 
          				
						 27222 - SABERES TRADICIONAIS INDÍGENAS E POLÍTICAS DO CORPO KARIN WANKE CAZELLI - UFES, FABIO HEBERT - UFES, RAFAEL GOMES - UFES, AIDA BRANDÃO - UFES, ANNA MILANEZ - UFES, LUANA TRINDADE - UFES, DAYANE NEVES - UFES, GABRIEL BORGES - UFES, NATALIA DALFIOR - UFES, ANDRESSA RIGUETE - UFES
					
  
					Apresentação/Introdução No contexto de uma comunidade indígena, a produção de saúde está atrelada às práticas
 tradicionais e suas lutas políticas, mantidas na tradição da oralidade. Esta pesquisa visa
 investigar como a formação do corpo indígena das etnias Guarani e Tupiniquim, das aldeias
 de Aracruz (ES), e sua produção de saúde, se articula e se constitui, e como se relacionam
 com as políticas de saúde lá colocadas.
  
 	Objetivos Entendendo as singularidades do corpo indígena, e sua relação com as políticas públicas,
 objetiva-se mapear as práticas de produção de saúde a partir das narrativas das lutas diárias,com foco no corpo que tais lutas e práticas de saúde constroem.
  
 	Metodologia Esta pesquisa trabalha com a indissociabilidade entre o pesquisar e intervir na realidade,
 tendo como território as aldeias Indígenas de Aracruz e seus atravessamentos. Configura-se
 como um modo de fazer pesquisa que acompanha e interfere no que tange a dimensão de
 produção de saúde, na relação com os desafios e lutas políticas nas comunidades indígenas
 e no pensar do corpo que se produz neste território. Trata-se de uma metodologia co-
 construída, não “intervencionista”, não comparativa, mas de composição, vinculada à pesquisa-intervenção, realizada a partir de idas a campo semanais, visitas às unidades de
 saúde, revisão bibliográfica do tema e encontros com as comunidades
  
 	Resultados Procurou realizar a entrada de forma que se fortalecesse na relação com a comunidade, mesmo quando via UBS. Encontramos um corpo indígena que se cria atrelado às narrativas contadas e vividas nas aldeias, e que vive e atualiza seus saberes tradicionais. Da mesma forma observou-se que quando os profissionais de saúde inseridos não trabalham considerando os saberes, não fortalecendo práticas de cuidado tradicionais naquele território, ou desconsideram as cosmologias existentes, exercem práticas de tutela e autoridade indo contra o processo de cuidado que aquele corpo singular demanda. Apesar disso, há relatos de experiências de uma produção de saúde potente e afirmativa entre profissionais da UBS e a comunidade
  
 	Conclusões/Considerações Conclui-se que um fazer saúde apoiado somente nas políticas de saúde, sem a devida
 relação com o território e suas especificidades, para além de realizar práticas de autoridade
 e tutela, fere princípios do SUS como equidade e universalidade, não realizando o cuidado
 necessário e não acolhendo o usuário da forma como este demanda. Assim como, a
 potencialidade de um cuidado eficaz e integral por vezes já realizados ali, neste mesmo
 território.
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