26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO13e - Diálogos sobre Educação e Formação em Saúde 5 |
28987 - FORMAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA: INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA E EMANCIPADORA COM ENFOQUE NO TERRITÓRIO LUIS ROGÉRIO COSME SILVA SANTOS - UFBA, MARCIGLEI BRITO MORAIS - UFBA
Período de Realização Trata-se de análise e discussão decorrentes de Projeto de Extensão realizado em 2017-2018
Objeto da Experiência Formação em saúde coletiva com enfoque no território
Objetivos O objetivo deste trabalho é discutir a importância do território como espaço de aprendizado e de produção da saúde, bem como a influência do mercado na formação profissional universitária, em um contexto de desconstrução do Sistema Único de Saúde (SUS).
Metodologia Considerou-se o território e os determinantes sociais de saúde como pressupostos fundamentais na formação em Saúde Coletiva (SC). Nessa direção, foi realizada sondagem das necessidades sociais e dos problemas de saúde de populações socialmente vulneráveis, situadas em áreas cobertas pela Estratégia Saúde da Família, no município de Vitória da Conquista (Ba). O instrumento padronizado de coleta de dados foi aplicado nos domicílios por estudantes do curso de enfermagem da UFBA em 2017.
Resultados Observou-se adesão dos atores sociais da saúde (estudantes, políticos, lideranças comunitárias, equipes de saúde e de assistência social) nas intervenções estabelecidas a partir das demandas territoriais. O território foi compreendido como categoria central na formação em saúde. A influência do mercado no modelo de formação em saúde Coletiva foi amplamente debatida nos eventos programados que culminaram com uma Audiência Pública e a construção de uma agenda intersetorial de intervenção.
Análise Crítica Elegemos para fins didáticos, o território, como espaço de aprendizagem. A formação em saúde, modelada pelo neoliberalismo, ignora a determinação social do processo saúde-doença e enfatiza o produtivismo na atenção primária, sem um caráter transformador. Secundariza-se, assim, as ações de promoção da saúde e emancipação dos sujeitos. Considera-se, esquematicamente, que a saúde coletiva deva ocorrer numa relação território-rede-território.
Conclusões e/ou Recomendações A adoção do território como estratégia de aprendizagem em saúde coletiva mostrou-se exitosa. O projeto permitiu o “mergulho” no território dando visibilidade às suas demandas sociais e de saúde. Assim, cabe o esforço didático e emancipador da academia ao considerar essa categoria na formação em saúde coletiva. Não apenas como espaço estático de aprendizagem tradicional, descontextualizada, como preconiza o projeto neoliberal para a saúde.
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