26/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO13j - Diálogos sobre Educação e Formação em Saúde 10 |
26839 - DESAFIOS E PERSPECTIVAS DA CONSTRUÇÃO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA PARA POPULAÇÕES DO BAIXO AMAZONAS DA UFOPA
JULIANA GAGNO LIMA - UFOPA, DOUGLAS MOTA XAVIER DE LIMA - UFOPA, HELOÍSA NASCIMENTO MOURA DE MENESES - UFOPA, WILSON SABINO - UFOPA, WALDINEY PIRES DE MORAES - UFOPA, ANNELYSE ROSENTHAL FIGUEIREDO - UFOPA, LEIDA CALDEIRA MARINHO - UFOPA, CLAUDILÉIA PEREIRA GALVÃO - HOSPITAL REGIONAL DO BAIXO AMAZONAS - HRBA, LÍVIA DE AGUIAR VALENTIM - UEPA, NICOLE PATRÍCIA DE LIMA VINAGRE DA PONTE - UEPA
Período de Realização
A experiência a ser discutida corresponde ao período de março a dezembro de 2017.
Objeto da Experiência
Refere-se às atividades da primeira turma da Residência Multiprofissional em Saúde da Família da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).
Objetivos
O objetivo do trabalho é discutir o processo de construção da Residência Multiprofissional em Saúde da Família da UFOPA, tendo em vista os desafios de oferecer uma formação voltada para as populações do Baixo Amazonas, em geral situadas em comunidades ribeirinhas e rurais.
Metodologia
Em consonância com as diretrizes do Ministério da Educação para as residências multiprofissionais (80% de carga horária prática e 20% teórica), no modelo pedagógico do programa da UFOPA tem-se buscado enfoque em comunidades rurais, envolvendo vivências e disciplinas. Para tal, foi fortalecida a parceria com lideranças de comunidades, com instituições como UEPA, HRBA e IESPES e com a secretaria de saúde de Santarém. Como principal ferramenta de registro/avaliação, utilizou-se o diário reflexivo.
Resultados
Dentre as principais experiências pode-se citar: 1. Vivência em comunidades rurais da reserva extrativista Tapajós-Arapiuns, em que os residentes passaram 12 dias com tutor, conhecendo a história da comunidade, da população e “vivendo como eles”, sem intuito inicial de assistência em saúde; 2. Disciplinas que realizam o diálogo sobre a atenção básica em áreas rurais como “saúde da população do campo, da floresta e das águas”; e 3. Visita à atenção básica em município predominantemente rural.
Análise Crítica
Identificou-se a necessidade de ampliar as referidas ações realizadas em comunidades rurais e ribeirinhas, visto que a maior parte do locus de atuação dos residentes ainda ocorre em Unidades Básicas de saúde da área urbana de Santarém. Além disso, ressalta-se a importância de ampliar o diálogo e a prática da residência em secretarias de saúde de outros municípios do Oeste do Pará. Dentre os limitadores percebe-se a dificuldade de financiamento específico e de preceptores qualificados no SUS.
Conclusões e/ou Recomendações
Espera-se dar continuidade a esse processo, voltando às comunidades visitadas para ações de intervenção como educação em saúde, visitas domiciliares, assistência e orientações. Um outro ponto será o protagonismo dos residentes nas atividades de ensino, assistência, pesquisa e extensão do barco Abaré (Estratégia de Saúde da Família Fluvial). Ademais, uma atuação que fortaleça o diálogo com práticas integrativas e complementares em saúde da região.
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