28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC13o - Experiências educativas em gestão e cuidado |
26629 - MATRICIAMENTO EM SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA E O DESAFIO NA FORMAÇÃO DE PSIQUIATRAS EM FORTALEZA-CE RAQUEL MAIA FREITAS LIMA - HOSPITAL DE SAÚDE MENTAL PROFESSOR FROTA PINTO, ANDRÉ LUIS BEZERRA TAVARES - ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO ESTADO DO CEARÁ, SANDRA LUCIA CORREIA LIMA FORTES - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO
Período de Realização A experiência foi iniciada em março de 2016 e continua em curso.
Objeto da Experiência A inserção de residentes de psiquiatria e preceptores médicos em equipes de apoio matricial na atenção primária à saúde no município de Fortaleza-CE.
Objetivos Promover e acompanhar a inserção de residentes de um programa de residência médica em psiquiatria de um hospital psiquiátrico em Fortaleza-CE em equipes de matriciamento em saúde na Atenção Primária à Saúde, avaliando as dificuldades e potencialidades da intervenção.
Metodologia Através de pactuação entre a Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza e a Residência Médica de Psiquiatria do Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto, foram formadas equipes de matriciamento com preceptores da residência médica e residentes do último ano do programa. Houve inserção de psiquiatra em um CAPS Geral e formou-se equipe multidisciplinar com assistente social e psicólogo. Houve sensibilização dos coordenadores das UAPS e das equipes interessadas no matriciamento.
Resultados O matriciamento passou a ocorrer uma vez por mês, presencialmente, para 6 equipes da Estratégia de Saúde da Família. Houve necessidade de ajustes de equipes matriciadas, após terem sido encontradas dificuldades em torno da organização dos serviços, interesse em educação continuada e discussão de casos. Todo o processo passava por reavaliação regular mensal. Foram realizadas consultas conjuntas, discussão de casos e atividades de educação continuada e apoio institucional, reuniões de equipes.
Análise Crítica Embora o apoio matricial seja reconhecido como importante ferramenta pedagógica e assistencial para a APS, houve dificuldades na implantação dessa intervenção associadas também à fragilidade dos vínculos de trabalho em saúde, priorização da lógica assistencial em detrimento de atividades de promoção/prevenção em saúde e de educação continuada. Apesar disso, houve marcantes benefícios na formação dos profissionais envolvidos e da população assistida.
Conclusões e/ou Recomendações No âmbito do SUS, o matriciamento em saúde mental é ferramenta importante para formação do psiquiatra, organização da rede de saúde e qualificação de profissionais que atuam nos diversos níveis de atenção à saúde. Fomentar essa ferramenta na rede de saúde de grandes cidades é um desafio que deve ser amplamente discutido e pactuado entre as instituições formadoras e os diversos atores e pontos dessa rede, no intuito de fortalece-la.
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