28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO16g - Gênero, Sexualidade, Juventude e HIV/AIDS  | 
        
        
		  
					 
          				
						 23137 - PROGRAMA “SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS” E “PROGRAMA SAÚDE NAS ESCOLAS”: UM DEBATE SOBRE EDUCAÇÃO SEXUAL ESCOLAR. KALLINE - IMS UERJ
					
  
					Apresentação/Introdução O programa Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), criado em 2003, foi incorporado ao Programa Saúde nas Escolas (PSE) em 2007. Este trabalho discute essas políticas visando compreender como a educação sexual escolar é abordada nas suas diretrizes e nas percepções de sujeitos escolares. Existe um avanço ultraconservador nas políticas nacionais e pretendemos colaborar com o debate sobre direitos sexuais na educação.
  
 	Objetivos O objetivo do presente estudo foi analisar as diretrizes dos programas SPE e PSE, relacionando-as com as percepções de alunos, professores e responsáveis com vistas a compreender como, quando e se o tema da sexualidade foi abordado.
  
 	Metodologia Comparamos os resultados de 2 pesquisas em relação à abordagem da educação sexual escolar. A pesquisa 1, resultado de uma dissertação de mestrado, comparou as diretrizes políticas do SPE aos resultados das análises de conteúdo de entrevistas em profundidade com 7 professores e 18 alunos (de ambos os sexos e idades entre 15 e 16 anos) de uma escola municipal de Duque de Caxias, RJ. A pesquisa 2 representa uma avaliação do PSE no município do Rio de Janeiro. Esta relacionou as diretrizes políticas com a análise de conteúdo de 29 entrevistas em profundidade com responsáveis dos escolares e resultados de 670 questionários aplicados para estudantes de 9 a 16 anos (IBM SPSS Statistics).
  
 	Resultados O SPE tem base em pesquisas sobre sexualidade, prevê conferências juvenis, educação entre pares, discussões sobre desigualdade de gênero e diversidade sexual e se aproximou das percepções dos estudantes. Já o programa PSE, tem característica mais generalista, busca à promoção da saúde, saúde integral dos escolares e integrar a atenção básica de saúde às escolas. Os manuais do PSE focam na gestão em detrimento de abordagens específicas sobre agravos à saúde e apropriação pedagógica de temas. Nas percepções dos entrevistados o programa foi visto como uma implantação de serviços de saúde na escola. O PSE/RJ optou por não abarcar o SPE e não previa nenhuma atividade sobre sexualidade nas escolas.
  
 	Conclusões/Considerações Este trabalho não desconsidera a importância do acesso dos alunos ao atendimento à saúde e às estruturas biomédicas, mas reflete sobre suas limitações e busca discutir uma articulação entre os programas com vistas a um trabalho participativo, com base nos direitos sexuais e não discriminação. Essa pesquisa visa contribuir com os campos da educação sexual escolar e prevenção de IST/AIDS e gravidez adolescente.
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