Comunicações Orais

28/07/2018 - 14:30 - 16:00
CO16h - Aborto

24136 - PERCEPÇÕES E CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO DA CIDADE DE SALVADOR-BA ACERCA DO ABORTO NO CONTEXTO DO ZIKA VÍRUS
FERNANDA MACEDO DA SILVA LIMA - ISC/UFBA, JORGE ALBERTO BERNSTEIN IRIART - ISC/UFBA, EDUARDO MASSAD - FMUSP, JOHN KINSMAN - UMEå UNIVERSITY, GREICE MENEZES - ISC/UFBA, ANA MARÍA RICO - UFBA, GREICE BEZERRA VIANA - UFBA


Apresentação/Introdução
A recente epidemia do Zika vírus que ocorreu no Brasil trouxe grandes impactos para a região nordeste, em especial para a cidade de Salvador, com elevado número de casos de microcefalia e outras malformações congênitas. Este novo cenário possibilitou a retomada dos debates acerca do aborto, o qual se constitui grave problema de saúde pública no país.


Objetivos
Compreender como homens e mulheres residentes na cidade de Salvador percebem e reagem frente à possibilidade de acesso ao aborto entre gestantes infectadas ou sob risco de infecção pelo Zika vírus.


Metodologia
Estudo qualitativo envolvendo a realização de 8 grupos focais (GF) com mulheres em idade reprodutiva, estratificados por idade e status socioeconômico: 4 GF com mulheres de 18-30 anos, sendo 2 com mulheres de baixa renda e 2 de renda média/alta; 4 GF com mulheres de 31-45 anos, sendo 2 com mulheres de baixa renda e 2 de renda média/alta. Além disso, foram realizadas 8 entrevistas individuais com parceiros das mulheres, seguindo a mesma estratificação descrita acima.


Resultados
Análises iniciais apontam uma maior resistência ao aborto entre mulheres de baixa renda e este posicionamento se relaciona a fatores religiosos, à criminalização do aborto, entre outros motivos. Ao contrário, mulheres de classe média/alta se mostraram mais favoráveis, ao defender a autonomia da mulher sobre esta decisão. Apesar disso, em alguns momentos, as opiniões se mostraram divididas independente do grupo entrevistado. Em relação aos parceiros, a maioria se posicionou favorável ao aborto e alguns relataram que aconselhariam sua parceira a recorrer ao método em casos de infecção durante a gravidez frente às dificuldades associadas ao cuidado de uma criança com alterações congênitas.


Conclusões/Considerações
A classe social e o gênero influenciam a percepção sobre o aborto em casos de possíveis alterações congênitas associadas ao Zika vírus. Mulheres de classe média/alta e parceiros (independente da idade e classe social) se mostraram mais favoráveis à prática e defendem a autonomia da mulher frente a essa decisão. Apesar da epidemia trazer para o centro da discussão a temática do aborto, prevalecem muitos estigmas e resistência sobre esta prática.

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