Comunicações Orais Curtas

28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC16d - Violências

22591 - PREVALÊNCIA DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA DE ACORDO COM A PERCEPÇÃO DE PUÉRPERAS E PRÁTICAS DE (DES)CUIDADO EM MATERNIDADES NO SUL DO BRASIL
JANINI CRISTINA PAIZ - UFRGS, ANA CLÁUDIA MAGNUS MARTINS - UFRGS, ALICE STEGLICH SOUTO - UFRGS, AGNES MEIRE BRANCO LERIA BIZON - UFRGS, ANDREA FRANCIS KROLL DE SENNA - UFRGS, JULIANA CASTRO DE AVILLA LAGO - UFRGS, ELSA REGINA JUSTO GIUGLIANI - UFRGS, CAMILA GIUGLIANI - UFRGS


Apresentação/Introdução
A Violência Obstétrica (VO) manifesta-se na comunicação precária entre profissional e parturiente, no desrespeito às suas escolhas, na imposição de manobras e procedimentos, na omissão de medidas de conforto (incentivo à movimentação, ingestão de alimentos leves e analgesia), na falta de privacidade, na ausência de incentivo em ter acompanhante de sua escolha e na sua submissão à peregrinação.


Objetivos
Verificar a prevalência de VO em puérperas do sul do Brasil que vivenciaram o parto em maternidade pública e privada, tanto pela sua percepção como pela ocorrência de práticas consideradas violentas pela conceituação teórica.


Metodologia
Estudo transversal que incluiu puérperas internadas no alojamento conjunto de duas maternidades de grande porte, uma pública e a outra privada de Porto Alegre, RS. Foram selecionadas aleatoriamente mulheres que tiveram recém-nascidos a termo e sem intercorrências neonatais. Após 30 dias do parto, foi aplicado questionário nos seus domicílios. A percepção de VO foi aferida por meio da pergunta: "Em algum momento você se sentiu desrespeitada, humilhada ou maltratada por parte dos profissionais de saúde?” A puérpera também foi questionada sobre diversas práticas e cuidados realizados na maternidade. As análises foram realizadas com uso de estatística descritiva por meio do software SPSS.


Resultados
A percepção de VO foi verificada em 12,5% das puérperas (14,9% na rede pública e 7,5% na privada). Das 287 mulheres entrevistadas, 85% sentiram-se à vontade para perguntar e participar das decisões, 78% sentiram-se acolhidas e 15% sentiram-se inseguras no local do parto. A posição de litotomia ocorreu em 99% dos partos (apenas 9% das mulheres a escolheram), 39% tiveram oferta de líquidos ou alimentos leves e 31% foram incentivadas a movimentar-se. Quanto ao ambiente, 17% o consideraram pouco ou sem privacidade e 10% das mulheres foram a mais de uma maternidade para parir. Em relação ao acompanhante, 10% não foram incentivadas. A analgesia não foi concedida a 11% das mulheres que solicitaram.


Conclusões/Considerações
Muitas mulheres que vivenciaram situações de violação de direitos nas maternidades não as percebem como violência, trazendo à tona a discrepância entre a percepção das mulheres e a ocorrência de más práticas. O empoderamento da gestante para identificar situações de violação e (des)cuidado torna-se uma temática fundamental na assistência pré-natal, assim como urge qualificar a formação dos profissionais baseada em práticas não violentas.

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