28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC16e - LGBT II  | 
        
        
		  
					 
          				
						 23749 - TRAJETÓRIA DE VIDA E RELAÇÃO COM O SISTEMA DE SAÚDE: PERSPECTIVA DAS PESSOAS TRANS EDUARDO ALVIS KUTIANSKI - FEPAR, CLAUDIANE SEIXAS CARRARO - FEPAR, MARCIA REGINA MESSAGGI GOMES DIAS - FEPAR, SILVANA SANTOS - FEPAR, GRAZIELLE TAGLIAMENTO - UTP
					
  
					Apresentação/Introdução As pessoas trans, antes de chegarem a um serviço de saúde, vêm de uma trajetória de vida muitas vezes de exclusão e com muitos estigmas que a sociedade atribui a elas, sejam eles sociais ou econômicos. Esse contexto de discriminação leva esse grupo social à perda de seus direitos mais básicos, gerando uma situação de maior vulnerabilidade social e levando a um processo de adoecimento.
  
 	Objetivos Identificar a relação dos indivíduos trans com o sistema de saúde a partir das diferentes experiências de vida e do entendimento subjetivo de mundo enquanto pessoa transexual.
  
 	Metodologia Pesquisa qualitativa, de natureza exploratória, com uma população de estudo de 5 pessoas trans, todos residentes em Curitiba. Foi utilizada a técnica de entrevista em profundidade, a partir das seguintes questões: (1) Comente sobre sua trajetória de vida, (2) Comente o que você acha da relação médico-paciente trans e (3) Comente a sua relação com o Sistema de Saúde e a forma como você gostaria que ela fosse. O método utilizado foi "Trajetória de Vida", que garante uma aproximação maior entre os participantes, estabelecendo uma relação dialógica e possibilitando conhecer a vida das pessoas, segundo o momento histórico vivido.
  
 	Resultados Um dos pontos de convergência entre os entrevistados é a segregação social que acontece na infância, nos intramuros da escola e de casa. Essa exclusão, junto à estigmatização e a discriminação e, ainda, ao descumprimento de direitos básicos, como o do nome social, geram um processo de distanciamento dessa população do sistema de saúde, levando à procura de alternativas como a automedicação, a hormonioterapia desassistida e até, em casos mais graves, a automutilação. Esse afastamento entre o paciente trans e os profissionais de saúde, coloca-os em situação de vulnerabilidade, pois, assim, as condutas tomadas em relação à sua saúde são feitas por si próprios ou por pessoas não capacitadas.
  
 	Conclusões/Considerações O aprimoramento das antigas políticas públicas e a criação de novas, junto com a capacitação de profissionais de saúde para o atendimento das pessoas trans e suas especificidades, são importantes para o cuidado em saúde integral, com qualidade, equidade e livre de preconceitos. Além disso, precisa-se abranger essas temáticas relacionadas à determinação social do processo saúde-doença das pessoas trans nos currículos dos cursos da área da saúde.
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