Comunicações Orais Curtas

28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC16e - LGBT II

23891 - TRANSEXUALIDADE E PATOLOGIZAÇÃO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE TRANSEXUALIDADE NO CAMPO DA SAÚDE.
VERÔNICA SOUZA DE ARAÚJO - ENSP/ FIOCRUZ, LUIGI SILVINO D'ANDREA - PUC - MINAS


Apresentação/Introdução
As discussões sobre transexualidade se intensificaram entre as ciências sociais e humanas, gerando um desvio do centro da produção de discursos sobre o tema, historicamente localizado no saber-poder médico e das ciências psi, para outras áreas, além das produções em primeira pessoa. Essa mudança tensionou o campo e gerou discussões sobre a necessidade de despatologização da transexualidade.


Objetivos
Analisar a produção científica em saúde sobre transexualidade, entre 2012 e 2015 da BVS, levantar quais são as áreas de produção desse conhecimento, se opta por patologizar a transexualidade e se faz uso da termo transexualidade ou transexualismo.


Metodologia
Foi realizada uma revisão da literatura científica em saúde sobre a transexualidade e patologização, utilizando a base de dados BVS. As buscas foram feitas utilizando os descritores transexualismo (descritor oficial da BVS para transexualidade) e patologização, e foram selecionados os artigos publicados entre 2013 e 2015 em português. Os artigos foram categorizados segundo a sua área de produção (ciências sociais, medicina, psicologia..), se utilizavam a terminologia transexualismo ou transexualidade para se referir à transexualidade e se patologizavam ou não essa condição.


Resultados
As áreas com maior produção científica sobre o tema transexualidade foram a Saúde Coletiva e a Psicologia.
A análise dos 15 artigos, mostrou que 4 deles utilizaram uma definição patologizada da transexualidade, destes, 3 são da Medicina e 1 da Psicanálise, os demais assumem a transexualidade como uma condição identitária do sujeito. A utilização da terminologia transexualismo, alinhada à utilizada pelo DSM V e pelo CID 10, estava presente em 4 artigos, sendo três da medicina e um da psicanálise.
A escolha pelo uso da terminologia transexualismo, reforçando um caráter patológico associado à transexualidade continua presente principalmente nas produções acadêmicas da Medicina.


Conclusões/Considerações
A despatologização da transexualidade ganhou destaque em função do crescente protagonismo político e narrativo de pessoas trans na discussão da sua condição identitária, a qual foi historicamente um campo de enunciação médica sobre corpos que desafiam o binarismo de gênero, borrando os limites entre masculino e feminino.
Buscou-se levantar a produção científica em saúde e discutir a necessidade de despatologização de identidades marginalizadas.

Trabalhos Científicos

Veja aqui as regras para envio dos resumos e fique atento aos prazos.

SAIBA MAIS

Programação Científica

Consulte a programação completa das palestras e cursos disponíveis.

SAIBA MAIS

Convidados

Conheça os Palestrantes confirmados e veja seus currículos!

SAIBA MAIS

Fique atento
às datas principais


26

Julho

2018

Inscrições encerradas.
Não haverá inscrição no local.

01

março

2018

Está encerrado o prazo para submissão de trabalhos.

locais do evento

Pré-Congresso

UERJ - Campus Maracanã

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro é uma das maiores e mais prestigiadas universidades do Brasil e da América Latina. Possui campi em 7 cidades do estado, sendo o maior deles localizado no bairro do Maracanã, na cidade do Rio de Janeiro.

R. São Francisco Xavier, 524 - Maracanã, Rio de Janeiro - RJ, 20550-900

Congresso

FIOCRUZ - Campus Manguinhos

Fundação Oswaldo Cruz é uma instituição de ensino, pesquisa, serviços, desenvolvimento científico e tecnológico em saúde, localizada no Rio de Janeiro, Brasil, considerada uma das principais instituições mundiais de pesquisa em saúde pública.

Avenida Brasil, 4365 - Manguinhos, Rio de Janeiro - RJ, 21040-360