Comunicações Orais Curtas

28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC16e - LGBT II

25346 - ESTIGMA E SEXISMO NOS DISCURSOS DE PROFISSIONAIS DE UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE: DESAFIOS PARA SAÚDE DA POPULAÇÃO LGBT
RITA DE CÁSSIA PASSOS GUIMARÃES - UNB - PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA, ANA VALÉRIA MACHADO MENDONÇA - UNB, FLÁVIA DO BONSUCESSO TEIXEIRA - UFU


Apresentação/Introdução
Já está bem descrito como o sexismo tem funcionado enquanto determinante de saúde para população LGBT. A literatura demonstra, que mesmo excluída do CID, persiste a tendência à patologização da homossexualidade entre profissionais da saúde. Importante, portanto, investigar como esse processo patologizante gera preconceitos, estigmas, e descriminação, influenciando a qualidade da atenção primária.


Objetivos
Compreender a percepção sobre sexualidade e gênero em relação à população LGBT no discurso de médicos e enfermeiros da Atenção Básica e os efeitos dos discursos patologizantes na qualidade da atenção prestada a esta população.


Metodologia
Este braço da pesquisa faz parte de um projeto maior intitulado “Análise do acesso e da qualidade da Atenção Integral à Saúde da população LGBT no SUS” coordenado pelo NESP/CEAM/UnB em parceria com outras instituições do país. Procedeu-se entrevistas semi-estruturadas com 21 médicos (as) e 22 enfermeiros (as) em Unidades Básicas de Salvador, Vitória da Conquista, Brasília e Goiânia, entre julho e dezembro de 2016. A Análise do Discurso foi o método escolhido para tratamento dos dados, pois possibilita fazer emergir ideologias e percepções por trás dos discursos, bem como os aspectos compreensivos e críticos sobre uma dada realidade social.


Resultados
A análise dos discursos permitiu trabalhar uma categorização mista das perspectivas encontradas, uma vez que as duas primeiras categorias foram definidas previamente, com base no referencial teórico e revisão de literatura e as três categorias seguintes emergiram das análises, ficando assim constituído o quadro categorial analítico: 1. A condição LGBT causa doença; 2. A condição LGBT causa transtornos mentais; 3. A condição LGBT está associada a comportamentos moralmente condenáveis; 4. Contradições da UBS enquanto lugar de igualdade; 5. Ausência de capacitação profissional para o atendimento da população LGBT. As 5 categorias resumem os principais achados nos discursos analisados.


Conclusões/Considerações
Confirmou-se a importância do processo patologizante presente no imaginário dos profissionais de saúde como potenciais geradores de estigma e preconceito, os quais dificultam a implementação das diretrizes da Política Nacional de Saúde da população LGBT e o atendimento integral a esta população. Aponta-se a necessidade de inclusão do tema na graduação de medicina e enfermagem, maiores investimentos e novas metodologias para educação continuada.

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