27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC5a - A Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde  | 
        
        
		  
					 
          				
						 26838 - CT&I PARA SUS: ANÁLISE DA ESTRUTURAÇÃO DE AGENDA DE PESQUISA EM LABORATÓRIO BIOMÉDICO LUCAS NISHIDA - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ / PPGICS, MARCIA DE OLIVEIRA TEIXEIRA - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ / EPSJV
					
  
					Apresentação/Introdução As ciências biomédicas são parte do sistema público de saúde. Para os Estudos Sociais da Ciência, as dinâmicas sociais e políticas locais participam da definição das práticas e das agendas de pesquisa biomédica. Entender como ocorre o processo de construção dessas agendas é estratégico para reforçar a relação da pesquisa com as questões do SUS e para potencializar as transferências de tecnologia.
  
 	Objetivos O objetivo desse trabalho é analisar o processo de construção de agendas de pesquisa em laboratórios biomédicos, considerando as interações entre SUS, políticas científicas, áreas e linhas de pesquisa, contextos políticos nacionais e internacionais.
  
 	Metodologia A metodologia baseia-se na análise de relato de experiência na pesquisa do desenvolvimento inicial de um potencial biofármaco.
 Essa análise se dá a partir da produção de autores dos estudos sociais da ciência e tecnologia, especialmente a obra de Bruno Latour. Entre os demais autores destacamos Donna Haraway, Annemarie Mol, Pablo Kreimer e Arriscado Nunes. A seleção levou em consideração a problematização das relações local/global e a dimensão situada e responsável das tecnociências. A pesquisa bibliográfica será complementada com a revisão de literatura sobre políticas de ciência, tecnologia e inovação em saúde.
  
 	Resultados Os Estudos Sociais da Ciência pensam os laboratórios como espaços histórica e materialmente situados que realizam associações assimétricas e instáveis entre atores heterogêneos na produção de fatos e objetos científicos.
 O relato de experiência no laboratório biomédico indica que a agenda de pesquisa é feita a partir das associações com parceiros externos, com agências de fomento e fundos de pesquisa, com a rede de afiliações construída nos processos de formação acadêmica, com politica dos grandes periódicos de referência. Essas associações modificam e coproduzem os fatos e objetos científicos no laboratório e alteram seu potencial transformador enquanto tecnologia para o SUS.
  
 	Conclusões/Considerações A análise de como as agendas se configuram permite entender o laboratório enquanto social e político, portanto, um possível ponto de intervenção de políticas públicas. Estudos futuros permitirão repensar criticamente políticas de ciência, tecnologia e inovação no sentido de estreitar e encurtar os processos de transferência e tradução tecnológica, desde os laboratórios de pesquisa biomédica até o SUS
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