28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC28a - Cooperação Internacional em Saúde  | 
        
        
		  
					 
          				
						 24202 - PROGRAMA MAIS MÉDICOS NO BRASIL: A INTEGRAÇÃO DOS MÉDICOS CUBANOS EM ÁREAS DA PERIFERIA URBANA GABRIELLA BARRETO SOARES - UFES, MÁRCIO BATISTA SILVEIRA DE OLIVEIRA - UFSC, LEONARDO CAVALCANTI DA SILVA - UNB, FANOR JULIÁN SOLANO CÁRDENAS - UNB, RENATA REIS DOS SANTOS - UNINOVE, SANDRO MARTINS DE ALMEIDA SANTOS - UFAM, CARLOS EDUARDO GOMES SIQUEIRA - UMASS/BOSTON
					
  
					Apresentação/Introdução Na atualidade o Brasil conjuga diferentes cenários migratórios, dentre eles destaca-se a migração qualificada de médicos cubanos para atuarem no Programa Mais Médicos, criado em 2013 pelo governo federal, onde Brasil passou a fazer parte desse processo de internacionalização da medicina cubana. 
  
 	Objetivos Diante disso, o presente estudo buscou contribuir para a análise do fenômeno migratório contemporâneo no Brasil por meio do estudo dos imigrantes qualificados, temporários, que participam do Programa Mais Médicos (PMM). 
  
 	Metodologia A pesquisa adotou-se métodos qualitativos por meio de entrevistas em profundidade e grupos focais para verificar a percepção dos médicos cubanos sobre a sua integração sóciocultural no Brasil. Foram realizadas 48 entrevistas com médicos cubanos que atuaram em Periferias Urbanas de 30 municípios localizados em 13 estados, espalhados por todas as regiões brasileiras. Também foram realizados três grupos focais com o objetivo de debater sobre algumas questões específicas.  A análise dos dados foi gerada por meio das entrevistas tratada mediante a análise do conteúdo temático, utilizando o software Nvivo. 
  
 	Resultados A análise do material coletado contribuiu para verificar que os fatores que facilitaram a integração sócio-profissional foram o acolhimento dispensado e o relacionamento entre os médicos cubanos e as equipes de saúde. A integração comunitária dependeu do acolhimento e solidariedade da comunidade e, dos laços de amizade e de afeto que eventualmente se estabeleceram, diferenciando de acordo com o porte da cidade. Já em relação a integração socio-cultural, as interações sociais produziram desde trocas profissionais até convites pessoais para encontros diversos e festividades, e as as situações de violência vividas prejudicaram a integração dos médicos com a sociedade brasileira. 
  
 	Conclusões/Considerações Os processos integrativos múltiplos e variados em espaço tão curto de tempo são a novidade que emerge dos depoimentos colhidos. Os médicos cubanos interagiram com equipes de saúde e não se limitaram a tratar de pacientes, mas criaram vínculos pessoais e afetivos com eles, e com a comunidade. No início de tudo, a carência médica e a filosofia humanista da medicina cubana. Ao final, processos integrativos afetivos e duradouros.
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