27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC20e - Avaliação da Atenção pré-Natal no Brasil |
22118 - O IMPACTO DOS INDICADORES SOCIOECONÔMICOS SOBRE A MORTALIDADE PERINATAL MICHELLE THAIS MIGOTO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, MÁRCIA HELENA DE SOUZA FREIRE - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, LUCIANO DE ANDRADE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
Apresentação/Introdução Entre as principais causas dos óbitos perinatais temos a prematuridade, as anomalias congênitas, a asfixia neonatal e as infecções. Os fatores socioeconômicos da gestante impactam neste indicador e conhecer esta correlação possibilita a tomada de decisões que fortaleçam a Linha de Cuidado Materna e Infantil, no contexto da Rede de Atenção à Saúde, e a redução dos óbitos perinatais.
Objetivos Analisar a correlação espacial entre a Taxa de Mortalidade Perinatal (TMP) e indicadores socioeconômicos de municípios do estado do Paraná, entre os anos de 2012 a 2014.
Metodologia Estudo ecológico transversal realizado no Paraná, entre 2012 a 2014. Utilizou dados secundários do SIM e do SINASC, para o cálculo das TMP; e o IPARDES para variáveis socioeconômicas: Grau de Urbanização, Taxa de Analfabetismo, Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e Renda Média Domiciliar Per capta. Na análise com o Índice de Moran, cruzou-se a TMP e com as variáveis socioeconômicas dos 399 municípios, e obteve-se um único valor como medida de associação espacial ponderada por uma matriz de vizinhança. A pesquisa atendeu às recomendações éticas da Resolução 466/2012, aprovada sob o Parecer n° 362.767, em 2013.
Resultados Com a análise multivariada que o utilizou o Índice de Moran, cruzando a TMP com as variáveis socioeconômicas dos municípios, foi possível identificadar correlação inversa, ou negativa, para as variáveis Grau de Urbanização (-0,158), IDHM (-0,240) e Renda (-0,191), ou seja, a TMP apresentou-se menor em municípios com maior proporção da população residente em área urbana, com maior IDHM, e maior renda domiciliar per capita. Houve correlação positiva entre a Taxa de Analfabetismo (0,072), ou seja, a TMP foi maior em municípios com maior a proporção de analfabetos. Para todas as variáveis analisadas encontrou-se significância estatística (p=0,001).
Conclusões/Considerações Afirma-se que melhores condições de renda, educação e saúde são protetivas ao óbito perinatal, e que residir em municípios com menores condições socioeconômicas favoreceu a ocorrência deste evento. Estratégias de saúde também devem ser contempladas em políticas sociais, para a melhoria da qualidade de vida de toda a população, como amplo acesso à educação, ao trabalho e à melhores condições de renda, impactando em melhores condições de saúde.
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