28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC20j - Avaliação, Planejamento e Gestão em Saúde |
27725 - PREFERÊNCIA DE PRIMEIRA ESCOLHA PARA UTILIZAÇÃO DE SERVIÇO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO ADULTA DO DISTRITO FEDERAL, 2015
KATIA CRESTINE POÇAS - UNB, ROSANGELA DURSO PERILLO - UFMG, REGINA TOMIE IVATA BERNAL - USP, DEBORAH CARVALHO MALTA - UFMG, ELISABETH CARMEN DUARTE - UNB
Apresentação/Introdução
A organização dos serviços de saúde no Distrito Federal (DF) tem sido objeto de discussão posta a necessidade de inversão do modelo de saúde existente, caracterizado por forte predominância da atenção hospitalar. Este é o primeiro estudo de base populacional que analisa as características de utilização dos serviços de saúde como preferência de primeira escolha da população adulta do DF.
Objetivos
O presente estudo tem como objetivo descrever e identificar fatores associados à preferência de primeira escolha na utilização dos serviços de saúde da população adulta no DF em 2015.
Metodologia
Estudo transversal, do tipo inquérito populacional por telefone. Foi utilizada a subamostra do DF do Vigitel. Participantes do Vigitel no DF além de responderem as questões referentes aos fatores de risco e proteção para doenças crônicas, também responderam a questões adicionais sobre utilização de serviços de saúde, sendo este um estudo piloto desenvolvido com instrumento Vigitel de avaliação da utilização dos serviços de saúde no DF. Todos os resultados foram expandidos para a população adulta do DF, mediante as correções de pesos pós-estratificação. Fatores associados à procura de APS foram explorados em regressão logística múltipla.
Resultados
Destaca-se maior preferência por serviços de saúde privados (57,6%). Serviços públicos (39,5%), particularmente UBS (24,6%), foram menos referidos. As preferencias pela APS ou pela Atenção Secundária como primeiras escolhas de atendimento apresentaram padrões de distribuição opostos (e quase complementares) quanto à idade, escolaridade e possuir plano de saúde. 58,8% referiram não ter procurado uma UBS nos últimos 12 meses. Essa proporção foi superior entre portadores de plano de saúde (70,9%). Em análise ajustada, escolaridade (OR=0,15, p=0,007 comparando pós-graduação e
Conclusões/Considerações
A baixa procura de APS como primeira escolha e a identificação das características dos seus usuários (baixa escolaridade e não possuidores de plano de saúde) no DF podem contribuir para o debate do enfrentamento das lacunas existentes na organização do sistema de saúde no DF, em particular no que se refere à cobertura e utilização da APS, que no DF não se constitui na porta de entrada preferencial no SUS.
|
