28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC20j - Avaliação, Planejamento e Gestão em Saúde |
27756 - CONCEITOS-CHAVE PRESENTES NO DISCURSO DE GESTORES MUNICIPAIS DE SAÚDE SOBRE O PLANEJAMENTO REGIONAL EM SAÚDE
DANIEL DOURADO RAMOS - UFRGS, ADRIANA ROESE RAMOS - UFRGS
Apresentação/Introdução
É papel da administração pública garantir direitos e efetivá-los. Na Saúde Pública, a realidade brasileira impõe a existência de profissionais com perícia técnico-científica, bem como de gestores comprometidos com a manutenção, qualificação e estabilidade do Sistema Único de Saúde (PAIM; TEIXEIRA, 2006). Quando esses pressupostos não são encontrados, as bases do sistema ficam comprometidas.
Objetivos
O presente trabalho tem por objetivo identificar conceitos-chave que aparecem no discurso de gestores de saúde quando se aborda o tema planejamento regional e regionalização em saúde.
Metodologia
O trabalho utilizou dados gerados pela pesquisa intitulada “Doenças Crônicas não Transmissíveis e o Planejamento em Saúde: Os Desafios da Região Metropolitana de Porto Alegre (RS)”, estudo exploratório descritivo com abordagem qualitativa, realizado na Região de Saúde 10 do estado do Rio Grande do Sul. Para a realização da consulta à frequência das palavras, nas entrevistas com gestores de saúde, foi utilizado apoio do software NVivo 11. Apresentadas as 30 palavras mais frequentes, com no mínimo 11 caracteres. A intenção foi buscar que palavras relacionadas a conceitos-chave (GIBBS, 2009) foram mais citadas no discurso dos gestores a partir de perguntas sobre o tema planejamento regional.
Resultados
Os resultados demonstram que termos como atendimento, acolhimento, dificuldade e financiamento estão presentes no discurso dos gestores da saúde entrevistados. Outros conceitos-chave como complexidade, especialidades, encaminhamento também apareceram no discurso. Um termo, constante nas normativas sobre gestão em saúde no Brasil, que não apareceu entre os mais citados pelos gestores foi participação. Na área tida como prioritária pela unanimidade dos gestores públicos é fundamental trabalhar com ética, compromisso e espírito público, além de maiores investimentos de tempo e recursos no planejamento, na transparência dos atos e estímulos ao controle social.
Conclusões/Considerações
A agenda do gestor de saúde municipal tende a ser consumida por situações urgentes. No entanto, é fundamental pensar antes de agir, buscar estabilidade e previsibilidade nas ações como um todo. O trabalho planejado e transparente propicia o controle social. O fato dos termos comentados constarem no discurso dos gestores é um bom indício de que fazem parte de suas agendas, contudo as menções não são garantia de ações concretas.
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