28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC18b - Uso apropriado de medicamentos e acesso a medicamentos  | 
        
        
		  
					 
          				
						 28691 - USO DE PSICOFÁRMACOS E FATORES ASSOCIADOS EM ADULTOS NO BRASIL PATRÍCIA SILVEIRA RODRIGUES - UNICAMP, KAREN SARMENTO COSTA - UNICAMP, ANDREIA TURMINA FONTANELLA - UFRGS, ROGÉRIO BOFF BORGES - UFRGS, PRISCILA MARIA STOLSES BERGAMO FRANCISCO - UNICAMP
					
  
					Apresentação/Introdução Os transtornos mentais (TM) estão entre as doenças crônicas não-transmissíveis que mais levam a incapacidade e deterioram a qualidade de vida. O uso de psicofármacos no tratamento dos TM tem marcada popularização e benefícios inegáveis.
 O uso extensivo de psicofármacos reflete uma tendência na recorrência de um fenômeno complexo, multifacetado e polêmico, quando retrata a medicalização social.
 
  
 	Objetivos Estimar a prevalência do uso de psicofármacos na população adulta (20-59 anos) e verificar sua associação com características demográficas e socioeconômicas.
  
 	Metodologia Estudo transversal de base populacional com adultos de idade entre 20 e 59 anos (n=23.329) entrevistados na Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM), realizada entre setembro/2013 e fevereiro/2014. Estimou-se a prevalência do uso de psicofármacos e verificou-se a associação com características demográficas e socioeconômicas (região de residência, sexo, cor da pele/raça, situação conjugal, escolaridade, classificação econômica e posse de plano de saúde) pelo teste Rao & Scott, considerando-se um nível de significância de 5%. Também foram usadas razões de prevalência ajustadas estimadas pela regressão de Poisson.
  
 	Resultados A média de idade dos indivíduos foi de 39,6 anos (dp = 11,2) e a maioria eram mulheres (53,7%). A prevalência do uso de ao menos um de psicofármacos foi 7,0% (IC95%:6,4 - 7,7). Observaram-se diferenças nas prevalências de acordo com a região de residência, sexo, cor da pele, situação conjugal e entre as classes econômicas (p < 0,05).  Verificou-se percentual significativamente maior do uso de psicofármacos entre mulheres (RP=2,07; IC95%: 1,72 - 2,49) e dentre os indivíduos com classificação econômica “E” (RP=1,42; IC95%: 1,02 - 1,99). Menores prevalências foram observadas em não brancos (RP = 0,67; IC95%: 0,67 - 0,90).
  
 	Conclusões/Considerações Maior prevalência do uso de psicofármacos foi encontrada entre as mulheres, moradores das regiões Sul e Sudeste, indivíduos de raça/cor da pele branca e dentre aqueles de menor classe econômica. Os achados podem indicar que o processo de medicalização do corpo feminino e das condições sociais dos indivíduos influenciam o uso de psicofármacos.
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