26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO21a - Atenção básica: vivências e desafios |
23369 - TRABALHO EM EQUIPE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: ANÁLISE DA INTERAÇÃO ENTRE NÚCLEOS DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA E AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE INGRID OLIVEIRA CHAVES - UFBA, DAMIANA DE ALMEIDA COUTO - UFBA, THAIS MARTIELLE AVELAR FERNANDES - UFBA, DAYANE DE MADUREIRA SILVA - UFBA, DIANE COSTA MOREIRA - UFBA, JOSÉ PATRÍCIO BISPO JÚNIOR - UFBA
Apresentação/Introdução Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) foram criados com o intuito de ampliar o escopo e a resolutividade das Equipes de Saúde da Família (EqSF). Estes possuem a função de dar suporte técnico-pedagógico e atuar como retaguarda assistencial às EqSF às quais estão vinculados. Para que se alcance resolutividade é fundamental o trabalho conjunto entre as equipes.
Objetivos Avaliar o trabalho em equipe desenvolvido entre as EqSF e NASF, com ênfase no trabalho desenvolvido e na articulação entre Agente Comunitário de Saúde (ACS) e NASF.
Metodologia Este é um estudo de abordagem qualitativa do tipo casos múltiplos. O cenário da pesquisa foi constituído por seis municípios da macrorregião Sudoeste da Bahia: Vitória da Conquista, Poções, Barra do Choça, Belo Campo, Brumado e Guanambi. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 43 profissionais do NASF, 40 profissionais de nível superior das EqSF (Médico e Enfermeiro) e 43 com os ACS. As entrevistas foram analisadas por meio de Análise de Conteúdo Temática. Os resultados foram organizados em duas categorias temáticas que emergiram da fala dos participantes: Interação entre os profissionais e Articulação das ações.
Resultados Quanto a interação os resultados encontrados demonstram pequena participação do NASF nas reuniões das equipes. Constatou-se existência de uma agenda própria do NASF, sem a construção desta junto à equipe. A baixa frequência dos profissionais na unidade constitui-se em empecilho para o desenvolvimento de ações conjuntas com as EqSF. A rotatividade dos profissionais do NASF afeta a continuidade do cuidado. A segunda categoria, articulação das ações, desvela um descontentamento por parte dos profissionais dos ACS quanto a metodologia do Apoio Matricial. Evidenciou-se fragilidades no processo de Educação Permanente dos agentes comunitários e na realização de ações conjuntas entre as equipes.
Conclusões/Considerações Conclui-se que o trabalho entre as equipes apresenta diversas fragilidades comprometendo a continuidade do cuidado. Observou-se que a relação não é conflituosa, porém não avança no sentido de articulação do cuidado. Evidencia-se a necessidade de mudanças na articulação e maior engajamento entre as equipes a fim de se ampliar o cuidado desenvolvido entre NASF e EqSF, conforme esperado.
|