26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO21a - Atenção básica: vivências e desafios  | 
        
        
		  
					 
          				
						 28831 - UNIDADES INTEGRADAS NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA COMO INOVAÇÃO TECNOLÓGICA MARCIA NIITUMA - UFSCAR, ALINE BARRETO DE ALMEIDA NORDI - UFSCAR
					
  
					Apresentação/Introdução Os gestores de um munícipio brasileiro decidiram integrar equipes de saúde da família em um mesmo espaço físico, o que denominaram de Unidades Integradas (UI). A UI é uma inovação tecnológica, visto que consiste na transformação de uma ideia em um produto novo. O campo Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) pode oferecer contribuições para reflexão do processo e impacto desta tomada de decisão. 
  
 	Objetivos Este estudo teve como objetivo analisar se as UI, enquanto inovação tecnológica, impactou na oferta de ações da Atenção Básica (AB) de um município brasileiro
  
 	Metodologia Optou-se pelo estudo de caso com abordagem qualitativa e o trabalho de campo no período de novembro de 2013 a março de 2015. A coleta de dados foi dividida a partir de três instrumentos: pesquisa documental; entrevista semiestruturada com seis gestores, quinze trabalhadores e nove usuários; grupo focal com seis apoiadores matriciais, totalizando trinta e seis sujeitos. As entrevistas foram realizadas até o ponto de saturação das informações coletadas, respeitando os preceitos éticos estabelecidos. A análise das entrevistas foi realizada pelo software ALCESTE. Trata-se de um método informatizado que a partir da análise estatística dos vocábulos resulta no encontro de classes temáticas. 
 
 
  
 	Resultados O Corpus de análise classificou 1585 Unidades de Contexto Elementares divididos em dois eixos e quatro classes. O eixo potencialidades e fragilidades das UI foi constituído: pelas ações desenvolvidas após integração das equipes; e satisfações e insatisfações das equipes na nova conformação. O eixo processo de implementação das UI foi composto: pelas ferramentas utilizadas pelos gestores na reorganização da AB; e governabilidade para as mudanças. A operacionalização das UI produziu forte gerencialismo e aprisionamento em práticas consideradas mais efetivas e eficazes. Ampliou-se o acesso na oferta de ações, porém princípios da AB perderam em qualidade e identidade. 
  
 	Conclusões/Considerações A inovação tecnológica foi necessária no contexto analisado, porém sua implantação e implementação poderia ser mais planejada e negociada. Há impacto para os sujeitos envolvidos, visto que demandou qualificar as práticas de gestão e de atenção. Há ampliação dos serviços e de tecnologias disponíveis, mas ainda o cuidado se baseia na fragmentação da oferta dos mesmos e no modelo de atenção predominantemente ambulatorial, descaracterizando a AB.
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