28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC21c - Processos e gestão do trabalho em saúde |
29024 - A GESTÃO DO PROCESSO DE TRABALHO E OS ESPAÇOS DE GESTÃO COLETIVA ELIZABETE PACHECO GANDRA - ENSP, ANA CLARA TUPAM NEWLANDS - ENSP, GABRIEL NOGUEIRA GARCIA - ENSP, INGRID LILLY MARTINS PEREIRA - ENSP, RAINER LOPES - ENSP, REBECA SILVA DOS SANTOS - ENSP
Apresentação/Introdução A gestão do processo de trabalho, a partir dos seus espaços institucionais de gestão coletiva, as reuniões, são espaços privilegiados para o presente estudo. A compreensão de como se dá o trabalho e suas interrelações sociais e políticas, frente às dificuldades e potencialidades que se transversalizam nesse processo pôde ser percebida no pequenos processos de trabalho, a micropolítica.
Objetivos desvelar a compreensão do que é o trabalho, a gestão do processo de trabalho, as relações sociais frente às dificuldades e potencialidades que se reverberam nesse processo; compreender as peculiaridades e repercussão na vida e saúde dos trabalhadores.
Metodologia Será realizada uma revisão de literatura e análise documental sobre o tema, juntamente com os conteúdos teóricos e as vivências, nos espaços coletivos de reunião da Clínica da Família onde estamos alocados. A partir do referencial será elaborado um roteiro semiestruturado que auxilie na observação e registro de percepções e informações colhidas durante a estadia nesses espaços. Assim, trazer elementos da observação participante como subsídio para produção de dados, que possa sustentar a construção de um estudo exploratório, de abordagem qualitativa, que possibilite a apreensão das relações interpessoais e coletivas, permeadas por valores, comportamentos, aspirações e significados.
Resultados Ao pesquisar-se os movimentos da realidade, tem-se o desafio de construir organizações que compreendam as relações entre os trabalhadores e destes com a estrutura da organização do trabalho. A gestão do processo de trabalho identificada nesta pesquisa mostrou que as decisões quando coletivizadas são mais apropriadas pelos trabalhadores, possibilitando um maior protagonismo dos mesmos. Em meio à um contexto de crise, como a greve, e, concomitantemente, uma diminuição da burocracia, estes se reinventam, se politizam e transformam o trabalho real e concreto e as estruturas de poder nesta exercida, criando novas redes de solidariedade.
Conclusões/Considerações Acredita-se que os diversos trabalhadores que atuam naquele espaço possibilitam o tensionamento das relações de poder, troca de saberes e a construção de relações mais solidárias. O reconhecimento da potência das coletividades na defesa do serviço podem indicar um caminho a ser mais explorado pelos trabalhadores da ESF do Rio de Janeiro, na resistência contra possíveis futuros ataques ao SUS.
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