Comunicações Orais Curtas

29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC2l - Alimentação e Nutrição: Aleitamento e alimentação complementar II

28375 - ANÁLISE DA INSUFICIÊNCIA DE VITAMINA E E ALEITAMENTO MATERNO EM CRIANÇAS USUARIAS DA REDE DE ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE
LINA MONTEIRO DE CASTRO LOBO - FACULDADE DE MEDICINA/UFG, MARIA DO ROSÁRIO GONDIM PEIXOTO - FACULDADE DE NUTRIÇÃO/UFG, MARIA CLARET COSTA MONTEIRO HADLER - FACULDADE DE NUTRIÇÃO/UFG

Apresentação/Introdução
A vitamina E é um nutriente antioxidante e protege os lipídios tissulares dos radicais livres. É importante nas fases iniciais da vida e a sua deficiência pode causar prejuízos ao desenvolvimento e sistema imune da criança.


Objetivos
avaliar a associação entre insuficiência de vitamina E e o tempo de aleitamento materno em crianças usuárias da rede de atenção básica de saúde na cidade de Goiânia, Goiás, Brasil.


Metodologia
estudo transversal com crianças de 08 a 14 meses de idade usuárias da Unidade Básica de Saúde (UBS) do modelo tradicional de puericultura. Foram excluídas crianças prematuras, gemelares, com malária, portadoras de HIV, tuberculose, hemoglobinopatias e as que estavam em tratamento para anemia. Na coleta de dados ocorrida entre junho de 2012 e fevereiro de 2013 utilizou-se um questionário estruturado. A coleta de sangue foi realizada em jejum mínimo de três horas, na UBS ou no laboratório. Valores menores que 11.6 µmol/L obtidos do HPLC foram considerados como insuficiência de vitamina E. Na análise dos dados no Stata 12.0 utilizou-se o teste de Mann Whitney e Qui-quadrado de Pearson.


Resultados
foram avaliadas 228 crianças, sendo 51,75% (n=118) do sexo masculino. A mediana de tocoferol sérico foi de 11,7 µmol/L (p25=3.1 e p75=18,1 µmol/L). Houve associação entre o tempo de aleitamento materno e insuficiência de vitamina E (p=0,004). Quando o tempo de aleitamento materno foi ≥ a 6 meses, a proporção de insuficiência de vitamina E foi de 70% (n=28) enquanto que em período menor que seis meses a proporção de crianças com insuficiência de vitamina E foi de 44,63% (n=79) (p=0,004). Portanto, nas crianças com maior tempo de aleitamento materno houve maior prevalência de insuficiência de vitamina E.


Conclusões/Considerações
O tempo de aleitamento materno ≥ a 6 meses foi associado com a insuficiência de vitamina E. Esses dados devem ser confirmados em análise multivariada para verificar se há necessidade de complementar o aleitamento com alimentos fonte de vitamina E a partir dos seis meses ou rever os pontos de corte para essa insuficiência.

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