Comunicações Orais Curtas

29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC10g - Determinação Social, Desigualdades e Promoção da Saúde

24230 - DISCRIMINAÇÃO PERCEBIDA ENTRE ADULTOS MAIS VELHOS VIVENDO NAS ÁREAS URBANAS E RURAIS DO BRASIL (ELSI-BRASIL)
LUCIANA DE SOUZA BRAGA - OBSERVATÓRIO DE SAÚDE URBANA DE BELO HORIZONTE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, BRASIL. FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, BRASIL., ANA PAULA ROMANELLI CEOLIN - OBSERVATÓRIO DE SAÚDE URBANA DE BELO HORIZONTE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, BRASIL., FABÍOLA BOF DE ANDRADE - INSTITUTO RENÉ RACHOU, FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, BELO HORIZONTE, BRASIL, WALESKA TEIXEIRA CAIAFFA - OBSERVATÓRIO DE SAÚDE URBANA DE BELO HORIZONTE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, BRASIL. FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, BRASIL., MARIA FERNANDA LIMA-COSTA - INSTITUTO RENÉ RACHOU, FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, BELO HORIZONTE, BRASIL


Apresentação/Introdução
A discriminação percebida é definida como a percepção de ser tratado injustamente por outras pessoas devido a atributos pessoais como etnia, idade, sexo, status socioeconômico, peso ou outra característica. As experiências discriminatórias geram stress psicológico e consequências adversas à saúde física e mental dos indivíduos. Estudos sobre discriminação e saúde na população idosa são escassos.


Objetivos
Estimar a prevalência da discriminação percebida entre indivíduos acima de 50 anos e avaliar sua associação com a situação do domicilio -urbano ou rural, identificando as principais características individuais relacionadas ao relato de discriminação.


Metodologia
Utilizando dados da linha de base (2015/2016) do Estudo Longitudinal da Saúde e Bem-estar dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), um estudo de coorte representativo da população brasileira não institucionalizada acima de 50 anos, foram estimadas: (1) as prevalências ajustadas de discriminação percebida, por situação do domicílio, faixa etária, sexo, etnia e escolaridade; (2) a associação entre discriminação percebida e situação do domicílio, características sociodemográficas, condição de saúde e confiança social, através de razões de prevalência e seus respectivos intervalos de confiança de 95%. As análises incluíram 9.383 participantes e foram realizadas a partir da Regressão de Poisson.


Resultados
Aproximadamente 17% dos participantes reportaram experiência discriminatória no ano anterior. A discriminação percebida foi 34% maior entre indivíduos residentes nas áreas urbanas, em comparação aos moradores das áreas rurais, independente das características sociodemográficas, condição de saúde e confiança social. Foi observada associação positiva entre discriminação percebida e etnia, maior escolaridade e pior condição de saúde. Em comparação aos brancos, a prevalência de discriminação foi 57% maior entre amarelos e indígenas, seguidos por pretos (49%) e pardos (20%). Houve associação negativa com idade e confiança social e nenhuma associação com sexo e riqueza do domicílio.


Conclusões/Considerações
O primeiro estudo sobre discriminação percebida representativo da população brasileira acima de 50 anos, evidenciou que: (1) a residência em área urbana desempenha papel fundamental na experiência discriminatória; (2) amarelos e indígenas apresentam maior probabilidade de reportar discriminação, seguidos por pretos e pardos; e (3) os serviços de saúde constituem o lócus onde as experiências discriminatórias acontecem com maior frequência.

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