29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC9a - Desafios e Alternativas para a Valorização das Interações entre Saúde e Desenvolvimento  | 
        
        
		  
					 
          				
						 27253 - QUALIDADE DO ESTIMULO DOMÉSTICO OFERTADO AS CRIANÇAS COM SÍNDROME CONGÊNITA ASSOCIADA AO ZIKA VÍRUS EM SALVADOR, BAHIA. LAIS GOMES DA SILVA - UFBA, MIRELA MAISA DA SILVA SOUZA - UFBA, CARINA PIMENTEL  SOUZA BATISTA - UFBA, MARCOS PAULO DE ALMEIDA SOUZA - UFBA, LETICIA MARQUES DOS SANTOS - UFBA, DARCI NEVES DOS SANTOS - UFBA
					
  
					Apresentação/Introdução O desenvolvimento infantil é fortemente influenciado pelas configurações do ambiente doméstico no qual a criança está inserida e pela relação de cuidados ofertados à mesma, sobretudo, na primeira infância. Avaliar a qualidade do estímulo doméstico ofertados às crianças com Síndrome Congênita associada ao Zika vírus (SCZIKV) é relevante diante dos seus potenciais agravos durante o ciclo de vida.
  
 	Objetivos Avaliar a qualidade da estimulação domestica presente no domicilio das crianças com a Síndrome Congênita associada ao Zika vírus, nascidas e residentes em Salvador, Bahia.
  
 	Metodologia Trata-se de um corte transversal com participação de 171 crianças com SCZIKV recrutadas na linha de base da coorte Desenvolvimento Infantil na Comunidade (DICa) em andamento em Salvador, Bahia. A qualidade da estimulação doméstica foi avaliada pelo Home Observation for Measurement of the Environment Inventory (HOME), composto de 45 questões distribuídas em 6 sub-escalas, capaz de mensurar a qualidade e a quantidade de estimulação, suporte social, emocional e cognitivo disponibilizado à criança no ambiente doméstico. As tabulações e análises dos dados foram realizadas utilizando o software estatístico SPSS 20.0.
  
 	Resultados Na sub-escala responsividade emocional e verbal da mãe, observou-se uma média de 8,70 (DP 2,01). Para ausência de punição e restrição a média foi de 6,06 (DP 1,15). Em organização do ambiente físico e temporal encontramos a média de 3,95 (DP 1,15). Em disponibilidade de materiais, brinquedos e jogos apropriados a média foi de 5,26 (DP 2,34). Para envolvimento materno com a criança observou-se uma média de 4,00 (DP 1,60). Em oportunidade de variação na estimulação diária a média foi de 2,85 (DP 0,88). Quanto ao escore total, a média foi de 30,82 (DP 5,79). Observou-se escores considerados como risco para o desenvolvimento infantil em 35,7% da população estudada.
  
 	Conclusões/Considerações Conhecimentos recentes acerca da neuroplasticidade cerebral sugerem que a estimulação precoce pode alterar o curso do desenvolvimento na primeira infância. Na SCZIKV a estimulação tem como objetivo aproveitar este período para estimular a criança a ampliar suas competências. Entretanto observamos que 35,7% destas crianças estão inseridas em ambientes com baixos níveis de estimulação, o que pode desencadear prejuízos para o seu desenvolvimento.
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