27/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC29d - Cuidado em saúde mental: redes, linhas e dispositivos de cuidado |
27957 - ATENÇÃO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL E PRÁTICAS DE CUIDADO EM SAÚDE MENTAL, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS EM CAMPINAS-SP
CARLA CAROLINE SZYHTA - UNICAMP, GASTÃO WAGNER DE SOUSA CAMPOS - UNICAMP
Apresentação/Introdução
A partir da Reforma Psiquiátrica houve um incremento no número de atendimentos a pacientes com urgência psiquiátrica na atenção pré-hospitalar. Sendo o SAMU um dos pontos de atenção a estes pacientes, torna-se importante a caracterização destes atendimentos, no intuito de auxiliar na gestão e qualificação dos profissionais destes serviços.
Objetivos
Caracterizar os atendimentos a pacientes com urgência psiquiátrica realizados pelo SAMU de Campinas-SP no período de junho de 2014 a maio de 2015.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa retrospectiva, descritiva, de abordagem quantitativa, que teve como objeto de estudo as solicitações de socorro recebidas pelo SAMU-Campinas para prestar atendimento a pacientes com queixas psiquiátricas no período de 01 de junho de 2014 a 31 de maio de 2015. Os dados foram extraídos do sistema de informações da Central de Regulação das Urgências de Campinas em forma de relatórios e tabelas, e transportados para planilhas do Microsoft Office Excel. No Excel, foram calculadas as frequências absolutas e relativas dos atendimentos realizados no período, segundo as variáveis consideradas no presente estudo.
Resultados
Foram realizados 5.493 atendimentos, 65% no período diurno. Prevaleceu o sexo masculino (55,9%) e idade entre 31 e 40 anos (26,4%). Os principais motivos dos chamados foram transtornos relacionados ao uso de substâncias (20,9%), distúrbio comportamental (18,1), transtornos psicóticos (16,7%), agitação psicomotora (11,4%) e agressividade (10,2%). Quem fez a solicitação foram familiares (45,5%), amigos (9,0%), transeuntes (9,0%) e profissionais da saúde (22,4%). A classificação de risco foi: 1,7% vermelho, 23,1% laranja, 34,9% amarelo, 13,2% verde e 1,8% azul, com 25,3% de ausência de informação. Os pacientes foram encaminhados para prontos atendimentos em 30,3% dos casos e para CAPS em 3,9%.
Conclusões/Considerações
As questões de saúde mental, álcool e outras drogas exigem atendimento urgente ou muito urgente na maioria dos casos. Solicitações de atendimento feitas por familiares, transeuntes e amigos apontam para a inserção dos pacientes na família e comunidade. Os transtornos relacionados ao uso de substâncias prevalecem, exigindo profissionais preparados tecnicamente, livres de preconceitos e que reconheçam estes transtornos como uma enfermidade.
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