Comunicações Orais Curtas

27/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC29e - Estudos epidemiológicos

29105 - PREVALÊNCIA DE OUVIDORES DE VOZES EM UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL DO SUL DO RIO GRANDE DO SUL
LUCIANE PRADO KANTORSKI - UFPEL, VANDA MARIA DA ROSA JARDIM - UFPEL, ALINE NEUTZLING BRUM - ALINE NEUTZLING BRUM, MARIA LAURA DE OLIVEIRA COUTO - UFPEL, GUILHERME EMANUEL WEISS PINHEIRO - UFPEL, ROBERTA ANTUNES MACHADO - UFPEL

Apresentação/Introdução
Ouvir vozes embora associado aos diagnósticos psiquiátricos e neurológicos, especialmente nos casos de esquizofrenia ou psicose ocorre também na população em geral. A presente pesquisa compreende como escuta de vozes as experiências vivenciadas individualmente por pessoas no que se refere a percepção auditiva de vozes, sons ou determinados ruídos que as demais pessoas não ouvem.


Objetivos
Estimar a prevalência de ouvidores de vozes em um Centro de Atenção Psicossocial, conforme variáveis sociodemograficas


Metodologia
Estudo descritivo cuja coleta de dados foi realizada através de consulta aos prontuários dos usuários ativos em um CAPS do município de Pelotas-RS no período de setembro de 2017 a janeiro de 2018, totalizando 347 prontuários. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética. A ocorrência de escuta de vozes foi avaliada conforme variáveis sociodemográficas, incluindo sexo, idade, estado civil, com quem vive e escolaridade.


Resultados
Os prontuários analisados indicaram uma população com média de idade de 48,16 anos (dp=11,8), do sexo masculino (60.93), vivendo com a família (86.11) e com fundamental incompleto (49.76). A prevalência de registro de escuta de vozes foi de 49.08%. As variáveis sociodemgráficas não apresentaram diferenças significativas nos estratos, entretanto a prevalência de escuta de vozes foi maior entre em usuários com 31/40 anos (58%), em homens (49.75%), que vivem sozinhos (58.82%)e com fundamental incompleto (54.55%).


Conclusões/Considerações
É importante conhecer o número de ouvidores de vozes no serviço de saúde. É imprescindível encontrar novas alternativas para reduzir o estigma em relação a pessoas que ouvem vozes e buscar estratégias que considerem as diferenças e modos de lidar com esta característica.

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