28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC29h - Cuidado em saúde mental - abordagem multiprofissional e formação  | 
        
        
		  
					 
          				
						 22759 - A OFERTA DE OFICINAS TERAPÊUTICAS COMO ESTRATÉGIAS DE CUIDADO NOS CAPS SOB A ÓTICA DOS PSICÓLOGOS BARBARA OLIVEIRA PINA - UNIFESP
					
  
					Apresentação/Introdução O movimento antimanicomial, iniciado na década de 60, propõe ideias que rompem com o modelo de atenção à saúde mental manicomial, até então vigente. O cuidado passa a ter como objetivo a construção de uma rede de possibilidades que explore a autonomia e as capacidades criativas dos sujeitos. Começa-se a perceber a arte, o fazer manual, os espaços de criação como potentes ferramentas de cuidado.
  
 	Objetivos Verificar se os psicólogos trabalhadores dos CAPs acreditam que práticas como as oficinas terapêuticas podem contribuir para o cuidado, capacitação, reabilitação social e a conquista da autonomia dos usuários do serviço e como isso tem sido feito.
  
 	Metodologia Trata-se de uma pesquisa qualitativa. Foram entrevistados três profissionais que atuavam em CAPs adultos da cidade de São Paulo. Buscou-se compreender o modo como cada um dos participantes entendia e desenvolvia seu trabalho de acordo com os recursos disponíveis em cada realidade. 
 Foram realizadas entrevistas estruturadas e individuais, que foram gravadas, posteriormente transcritas e por fim, foi feita uma análise crítica junto à literatura disponível sobre o tema, a fim de, se construir uma compreensão de como essa política tem sido pensada e colocada em prática nestes espaços. 
 
  
 	Resultados Os entrevistados trouxeram uma bagagem abrangente de trabalhos que já desenvolveram e outros que propõem, atualmente nesses espaços. Todos disseram trabalhar de acordo com as premissas da luta antimanicomial e reconheceram principalmente a arte como uma ferramenta potente de acesso ao outro, uma vez que propicia uma riqueza de falas e expressões, além de ser flexível quanto as necessidades de cada sujeito. As oficinas foram consideradas como espaços facilitadores para se intervir em situações de dificuldades e de crises. Outros aspectos apurados foram a relação com o entorno das instituições, a geração de renda e o trabalho dentro de um coletivo.
  
 	Conclusões/Considerações Espaços de fazeres plásticos e manuais já existiam nos manicômios, mas o paradigma proposto pela reforma e que pudemos observar nas práticas dos entrevistados é de um fazer para além da atividade ocupacional, uma prática implicada com a reinserção social, com a produção de desejo e de subjetividade, bem como com o estabelecimento de laço social, a possibilidade de geração de renda e a movimentação psíquica e física do sujeito.
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