27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC7a - Deficiência e práticas de cuidado  | 
        
        
		  
					 
          				
						 24080 - ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO UTILIZADAS POR MÉDICOS DA ATENÇÃO PRIMARIA À SAÚDE NO ATENDIMENTO À PESSOA SURDA LÉRIA LORENNAH CORDEIRO DE SOUZA MURICY - DISCENTE DA PÓS GRADUAÇÃO CIÊNCIAS DA SAÚDE E BIOLÓGICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO., CHEILA NATALY GALINDO BEDOR - DOCENTE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO
					
  
					Apresentação/Introdução Os profissionais que atuam na Estratégia Saúde da Família precisam estar preparados para acolher e prestar atendimento a toda a população, inclusive a pessoa surda. Nesse sentido, é imprescindível que se estabeleça estratégias de comunicação eficientes entre ambos, visto que a comunicação é um instrumento determinante na prevenção, diagnóstico e tratamento, bem como na humanização do atendimento.
  
 	Objetivos Identificar as estratégias de comunicação utilizadas por médicos das Equipes de Saúde da Família de Petrolina – PE no atendimento aos pacientes surdos. e a eficácia dessas frente ao cuidado humanizado a pessoa surda.
  
 	Metodologia Trata-se de um recorte da dissertação do mestrado da coautora, cujo projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Vale do São Francisco. A pesquisa tem abordagem qualitativa, do tipo exploratório e descritivo, cujo sujeitos foram médicos das Equipes de Saúde da Família selecionados previamente através do conhecimento das Unidades que já atenderam alguma pessoa surda. Para a coleta de dados foi utilizada uma entrevista semi-estruturada que seguiu o método de saturação da amostra. Os dados são analisados pelo método de codificação e categorização temática. 
  
 	Resultados Os resultados apresentados é a observação da fala de 07 médicos entrevistados. A maioria utilizou mais de uma estratégia de auxílio na comunicação durante o atendimento a pessoa surda. Aproximadamente 71,4% (5) utilizou um familiar do paciente ou intérprete profissional para fazer a tradução; 47,1% (3) utilizaram mímica/gestos; 42,8% (3) verbalizaram e o paciente fazia leitura labial e 28,6% (2) utilizaram a escrita. Tais achados corroboram com os principais descritos na literatura e demonstram ser ineficientes tanto em relação a qualidade e humanização do atendimento como no vínculo. Dessa maneira, a Libras seria o veículo de comunicação a oferecer um cuidado humanizado a essa população.
  
 	Conclusões/Considerações Nota-se que várias são as estratégias utilizadas na comunicação entre médicos e pessoas surdas. No entanto, mostram-se ineficientes porque, muitas vezes, não estabelece uma comunicação – na qual emissor e receptor são compreendidos – ou porque torna o paciente como sujeito passivo do seu processo saúde-doença ou porque o atendimento não foi humanizado. Para mudar esse cenário é necessário o conhecimento e utilização de Libras pelos profissionais.
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