Comunicações Orais Curtas

29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC7f - Deficiência, trabalho , ciclos de vida

24696 - QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM INCAPACIDADE FÍSICA DEVIDA À HANSENÍASE: QUESTÃO DE GÊNERO E CICLOS DE VIDA?
XIMENA ILLARRAMENDI ROJAS - FIOCRUZ, ANNA MARIA SALES - IOC, LILIAN PINHEIRO RODRIGUES DO NASCIMENTO - IOC, MARIANA DE ANDREA VILAS-BOAS HACKER - IOC


Apresentação/Introdução
Os poucos estudos que avaliam a qualidade de vida (QdV) de pacientes atingidos por Hanseníase indicam que a incapacidade física e as reações são as principais causas de redução da QdV. As incapacidades físicas são mais prevalentes em casos com idade avançada e em homens(proporção homem/mulher de casos novos diagnosticados em 2015=1,3 enquanto a proporção com grau 2 de incapacidade física=2,7).


Objetivos
Avaliar o efeito do gênero e faixa etária como fatores determinantes da redução da QdV em pacientes atingidos por Hanseníase com incapacidade física.


Metodologia
Estudo observacional de corte transversal realizado no Ambulatório Souza Araújo (ASA), Fiocruz. Foram entrevistados adultos atingidos por Hanseníase com mais de dois meses de poliquimioterapia (PQT), ou acompanhados para controle ou por intercorrências durante 2017. A QdV relacionada à saúde foi avaliada utilizando o SF-36, questionário padronizado com 36 itens organizados em oito domínios que medem componentes físicos e mentais. Os pacientes foram agrupados segundo o grau de incapacidade física (GIF) no momento da entrevista, que classifica de acordo à perda da função neural periférica e deformidades em face e membros, em grupo sem incapacidade (GIF=0) e com incapacidade (GIF=1+2).


Resultados
Avaliados 102 casos (72% homens, idade média 50±14,5 anos). Em relação à QdV, os componentes mentais,vitalidade (VT), aspectos sociais (AS)e saúde mental (SM) foram iguais entre os grupos. O domínio aspectos emocionais (AE)e os componentes físicos, capacidade funcional (CF), limitação por aspectos físicos (LF) e dor corporal (DC), exceto o estado geral de saúde (SG) tiveram escore significativamente menor nos casos com GIF 1+2. As mulheres tiveram escore significativamente menor que os homens em todos os domínios exceto em AE e AS assim como mantiveram escore menor nos domínios CF, SM e VT nos casos com GIF 1+2. Casos entre 36-50 anos tiveram o menor valor de mediana em todos os domínios


Conclusões/Considerações
A incapacidade física contribui para a morbidade na hanseníase e, por conseguinte,leva a redução da QdV e aos elevados custos humanos da doença. A atenção da pessoa com incapacidade física deve considerar abordagem multidisciplinar e estratégias preventivas que atuem na QdV nos pacientes atingidos pela hanseníase, especialmente nas mulheres e naqueles adultos na faixa etária mais produtiva da vida.

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