Comunicações Orais

27/07/2018 - 13:10 - 14:40
MISc - Miscelânea

28716 - OCUPAÇÃO TAMBÉM É DIREITO
CAMILA DE MOURA CASTRO - IAM


Apresentação/Introdução
Tendo conhecimento da precariedade do sistema prisional brasileiro e da escassez na efetivação de políticas e que visam à preparação para o retorno à liberdade; e acreditando no papel do engajamento saudável em ocupações de escolha do indivíduo na promoção de saúde e qualidade de vida, parte-se do pressuposto da Justiça ocupacional para realizar algumas reflexões em uma penitenciária feminina.


Objetivos
Este resumo busca apresentar alguns dados de uma pesquisa realizada na Penitenciária de Reeducação Feminina Maria Júlia Maranhão em João Pessoa sobre o direito e o engajamento a/em ocupações entre mulheres privadas de liberdade desta penitenciária


Metodologia
Esta é uma pesquisa de natureza exploratória ex-post-facto, cuja abordagem metodológica caracteriza-se como qualitativa. Como instrumentos de coleta de dados, utilizou-se observação participante, pesquisa documental, diário de campo e entrevista semiestruturada. Foram entrevistadas 8 mulheres entre 18 e 29 anos, cumprindo pena de no mínimo um ano e ao menos metade do período de reclusão em regime fechado. Inicialmente foi realizada pesquisa documental para a busca de mulheres inseridas nesses critérios, seguida pela realização das entrevistas, que foram gravadas e transcritas. Os dados foram analisados de acordo com a análise de conteúdo e embasados pela justiça ocupacional.


Resultados
A privação de papeis, escolhas, desejos e até mesmo do desenvolvimento e demonstrações da identidade daquelas mulheres, para além da privação de ir e vir foi evidente; e o significado de estar presa, para elas, remetia, de uma maneira geral, ao sentimento de perda. Quanto aos desejos expressados, destaca-se a vontade de estar com a família e cuidar dos filhos, além de desejos relacionados à alimentação, ao autocuidado, ao lazer e a profissionalização; o que demonstra que seus desejos e perspectivas visam um caminho baseado na justiça ocupacional, ou seja, um caminho em que elas possam estar e realizar atividades de seu interesse e desejo, mesmo que dentro dos limites institucionais.


Conclusões/Considerações
Conclui-se que, ao privar a liberdade daquelas mulheres, priva-se também de seus desejos, necessidades e da participação em ocupações que lhes são significativas, o que acaba por influenciar em diversos aspectos da vida de uma pessoa, e a saúde é um deles. Apesar da existência de políticas e programas direcionados às pessoas privadas de liberdade, essa situação ainda carrega consigo uma extensa carga de injustiças e retirada de direitos.

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